segunda-feira, 24 de maio de 2010

E a propósito...

Aqui vai uma curta-metragem bastante original sobre comunicação, dirigida por Patrick Hughes e uma das vencedoras do Cannes Lions 2009.



A outra face das redes sociais


A Internet revolucionou a nossa sociedade e com ela chegaram as redes sociais que mudaram profundamente a forma como nos relacionamos. Desde amizades a relações amorosas, os protocolos foram renovados e por vezes nem incluem qualquer tipo de contacto pessoal.
Actualmente, a rede social que conta com um maior número de utilizadores é o Facebook, seguindo-se o Myspace e o Twitter. No passado Dezembro de 2009, a rede social número um dos cibernautas foi visitada por 206.9 milhões de visitantes, sendo a quarta página da internet mais visitada nos EUA. A sua criação remonta a 2004, num dormitório de Harvard, e começou por ser restrita aos estudantes da universidade e apenas em 2006 foi aberta a toda a população mundial. Hoje em dia até a conceituada empresa de Bill Gates, Microsoft, faz parte da lista de accionistas do website que já foi mais visitado que o todo-poderoso Google.
Mas apesar de toda a diversão e oportunidades de relacionamento social que as redes sociais oferecem, existem também diversas contrapartidas associadas à sua utilização. Comecemos pelos perigos que não são exclusivos desta actividades, mas sim comuns ao da utilização da internet e do computador em geral. O sedentarismo resulta muitas vezes em obesidade, uma doença que se está a tornar característica do século XXI, atinge cada vez mais pessoas e cada vez mais cedo na vida do indivíduo. Os problemas de visão associados às longas horas passadas em frente ao ecrã também são outra preocupação que devemos ter em conta.
A privacidade, uma verdadeira relíquia nos dias que correm, pode também ser ameaçada pela utilização de redes sociais. As receitas provenientes da publicidade por vezes não são suficientes, e as empresas responsáveis pelos websites vendem os dados pessoais fornecidos pelos utilizadores a empresas de marketing. Desta forma, a sua caixa de email pode ser invadida com imensos convites ao consumismo, alguns até duvidosos e demasiado generosos.
O contacto com a Internet e com as redes sociais dá-se cada vez mais cedo, sendo até estimulado nas escolas. No entanto, apesar dos benefícios que traz para a educação, pode também prejudicar a imaginação e a criatividade. Irão os jogos de computador substituir os jogos infantis, como as “escondidinhas”, a “apanhadinha” e tantos outros que preenchem as memórias da minha infância? Espero sinceramente que não, pois o contacto humano real e com a natureza é essencial para a formação se indivíduos saudáveis mental e fisicamente. Porém, os perigos que espreitam fora de casa intimidam os pais, sendo compreensivelmente difícil deixá-los sair sem garantias de segurança. Mesmo no que toca aos adultos, acho preocupante a preferência pelo relacionamento virtual em detrimento do relacionamento convencional, seja ele de que natureza for. Corremos o risco de acordar um dia e descobrir que não há mais Internet nem computadores, e de nos apercebermos que não temos nada de palpável na vida pois tudo aquilo que preenchia a nossa rotina diária está perdido no mundo virtual.
Como estas redes sociais são acessíveis ao público em geral, sem qualquer tipo de restrição, nunca sabemos quem pode estar do outro lado, fingindo ser outra pessoa. Os predadores sexuais são uma das maiores preocupações que advêm deste novo contacto social, principalmente quando se trata de jovens adolescentes. As abordagens surgem das mais diferentes formas e por vezes podem ser bastantes convincentes levando a vitima a comparecer a um encontro, que na maior parte das vezes acaba em rapto para os mais diversos e macabros fins.
Assim sendo, considerando todos os perigos referidos, eu sugiro uma utilização racional da Internet e das redes sociais. Para isso, devemos estar alertas dos perigos que espreitam no mundo virtual e tomar as devidas precauções para que possamos desfrutar do melhor que este tem para nos oferecer, porque os benefícios, apesar de aqui não mencionados, certamente ultrapassam as desvantagens num universo em que tudo é possível.

Neofrugalismo


Há muito que estamos fartos de ouvir a palavra “crise” em todo lado. Começou em 2007 e ninguém parece ter a certeza de quando vai acabar, mas uma coisa é certa: já fez mudanças que vieram para ficar. Falo da nova tendência associada ao consumo, o Neofrugalismo.

“Frugal” está definido com “moderado, simples”, alguém “que vive das coisas comuns” e não é à toa que esta palavra incorpora o nome desta nova tendência. Neofrugalismo traduz-se numa maior consciência e contenção quando se vai às compras, sejam elas de que natureza for, como diz o autor do relatório “O Futuro Frugal”, David Rosenberg: "Comportamentos como gastos comedidos, poupança e até a disposição para certo sacrifício passaram a ser altamente valorizados nos últimos meses. E essa mudança não é um fenómeno episódico. Ela veio para ficar. Enquanto alguns sempre o foram, a maioria tornou-se neofrugalista devido à crise, como revela um estudo da GfK sobre os hábitos de consumo dos portugueses. A maioria dos inquiridos (67%) revelou que chegou à conclusão que muitos produtos que anteriormente adquiriam eram, na verdade, dispensáveis, como LCD’s, computadores, bens de consumo pessoal como máquinas de barbear ou depiladoras.

O perfil do consumidor mudou drasticamente: a marca e o estilo deixaram de ser importantes para dar lugar ao preço e à funcionalidade do produto, sendo este dois factores que agora ditam a compra, e esta motivada pela necessidade, ocorrendo apenas quando os produtos se estragam ou esgotam. As empresas têm, mais que nunca, um desafio à sua frente, necessitando de criar produtos com benefícios que se destaquem e que sejam perceptíveis ao consumidor, já que a marca deixou de falar por si própria, pelo menos para a maioria.

No entanto, como em todos os períodos de dificuldade, existem áreas que têm agora uma excelente oportunidade de se reinventarem e de se ajustarem a este novo consumidor. O entretenimento doméstico passou a ser altamente valorizado, já que as pessoas não saem tanto de casa para evitar gastos supérfluos, abrindo uma nova perspectiva para uma nova gama de produtos direccionados para este campo.

Esta crise económica já conseguiu mudar a mentalidade de muitas pessoas, mas é sempre bom relembrar que não é só em tempos de crise que devemos estar atentos aos nossos gastos. Mais do que tempos difíceis, são tempos que nos desafiam a ser melhores, a arranjar novas formas de nos destacarmos porque, como na selva, apenas os mais fortes sobrevivem.

domingo, 16 de maio de 2010

“E quê vai uma passa?”

“Droga passa a ser a nova moda do século XXI”. Creio que, mais cedo ou mais tarde, este título estará estampado nas primeiras páginas de todos os jornais, infelizmente. Vai-se presenciar uma nova e pestilenta epidemia, onde toda a preocupação dos governantes estará voltada na tentativa de travar o uso de drogas e a sua disponibilização a reduzidas faixas etárias. Dramático a mais? Não me parece.
Despreocupa-me as percentagens, os estudos, as raças, as condições sociais, a nacionalidade. Preocupa-me antes a idade, a banalização, a rápida procura e o fácil encontro, o dinheiro, a generalização para um consumo compulsivo, errado, doentio. Assusta-me ouvir falar em crianças, sim, crianças com treze anos estarem viciadas em crack, cocaína ou heroína.
Os narcóticos desde sempre fizeram parte de uma grande fatia da sociedade e por mais que se tente, este negócio que movimenta milhões e deixa agarrados outros tantos milhões será sempre impossível de controlar, de travar. Será que uma aposta na sua legalização será a solução? Talvez seja, mas não estaríamos a criar outro problema ao tentar solucionar um?
Não estou nem vou apresentar soluções, mas quero manifestar este inquietante desassossego de que, as drogas em idades cada vez mais precoces não demorarão a passar de uma simples passa, para um hábito, um vício, um “remédio” usada para esquecer, divertir, alucinar, violar, conseguir facilmente obter boas notas, dormir, emagrecer, viver. É preciso agir já, porque as drogas cada vez se tornam mais fáceis de comprar na esquina ao lado, em troca de uns meros tostões, de um pagamento físico, de um roubo, de um homicídio. Quando estes acontecimentos deixarem de ser tão usuais e começarem a acontecer em catapulta, aí talvez nos aperceberemos desta medonha situação e, com certeza, será tarde demais

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Game Over

Existem jogos com diferentes conteúdos e alguns podem ter efeitos negativos na sociedade. Alguns especialistas acreditam que o vício em videojogos assemelha-se ao vício do álcool ou drogas.
Entre os vários conteúdos expressos em jogos, a violência tem-se relevado o mais alarmante, porque pode provocar danos cerebrais a longo prazo.







Em 2005 foi realizado um estudo na Universidade da Carolina do Norte usando a electroencefalografia (EEG- estudo do registo gráfico que permite medir a amplitude de uma onda específica no cérebro, indicando reacções a estímulos). Assim verificou-se que a resposta a imagens agressivas entre os jovens que frequentemente jogavam videojogos violentos foi menor do que a verificada entre os outros participantes que jogavam jogos que não continham violência.





Nesse mesmo ano, foi também publicada uma lista dos 10 videojogos mais violentos:



- Resident Evil 4
- Grand Theft Auto: San Andreas
- God of War
- NARC
- Killer 7
- The warriors
- 50cent: Bulletproof
- Crime Life: Gang Wars
- Condemned: Criminal origins
- True Crime: New York City






Alguns países (Alemanha, Venezuela, Austrália, E.U.A.) impõem-se contra a venda de certos videojogos deste tipo, com o objectivo de reduzir a propagação da violência entre as pessoas (principalmente adolescentes).


Política ou Politicagem?

Política, político, politicar, politicagem; parece ser tudo igual, não parece? Mas desenganem-se que não é. Teoricamente ou não, política apresenta-se como a ciência do governo das nações, como astúcia e civilidade, enquanto político é conotado com o eloquente adjectivo: cortês.
Nos dias que correm torna-se difícil, diria até inevitável, debater sobre o mais vulgar e popularesco assuntos sem utilizar aquelas típicas e estereotipadas frases, qualquer coisa do género “eles são todos iguais, o que querem é “comer” à custa dos pobres” ou a minha preferida “é por isto que o País está como está”. Inteligentes desabafos e digo-o desprovido de qualquer tom irónico, ou não. Confesso que sempre me fascinou o mundo da política e observando o seu lado mais utópico e idílico, continuo a achar que a nossa maior conquista foi, mas de longe, esta gigante palavra: DEMOCRACIA. Não falo da beleza e sonância da palavra, mas sim do significado e do peso que ela, infelizmente para muitos, traz consigo. Todos os cidadãos deviam desde já aceitar que Democracia é principalmente isto, o princípio de que toda a autoridade emana do povo. Ora se se comparar com os actuais tempos políticos, a aplicação do conceito não poderia ser mais fiel, de facto a politicagem de muito se serve desta “autoridade” que provém do povo. Chamo a atenção para o termo utilizado, politicagem e não política. Agora pensemos em justiça, igualdade e direitos, aí a política escorrega um bocadinho e tenta contornar a situação fazendo a chamada politicagem.
Confusos não? O meu propósito é mesmo este, mostrar que a nossa política nacional, atrevo-me a ir mais longe e digo mundial, se encontra assim, confusa. É reclamada a democracia, a protecção e representação dos cidadãos, o poder justo do governo e tudo o que se obtém são sorrisinhos, beijinhos, abracinhos, aumentozinhos, beneficiozinhos, a promessinha de que é tempo de mudança e o povinho fica feliz da vidinha, porque, afinal tudo vai mudar e esquece o resto, “qual défice?”. Nestes tempos, basta ter mais de quarenta anos, escrever licenciado no currículo e saber qual é a esquerda e qual é a direita, não vá haver o risco de se perder pelo caminho, que pronto “temos políticos, e dos bons!”. É esta nojenta epidemia de pessoinhas que se dizem políticos que governam toda a base da nossa sociedade, pessoas sem a mínima formação, profissionalismo e sem qualquer valor moral, mas que de alguma maneira conseguiram entrar, sabe-se lá como (ou se calhar até sabemos). Salvo claro, aquelas excepções que não têm dinheiro para mandar fazer um cartaz de 1.50m por 2m, mas que acreditam que é possível reduzir o défice sem ter que aumentar os impostos, apontando como solução a redução dos prémios às mais distintas personalidades. Tanta inocência e rectidão para quê? Corrupção, viciação, adulteração do sistema, juntamente com interesses, dinheiro, influência, originam a dívida, a fraca produtividade e desorganização de um Estado. Tristeza, repulsão, e principalmente vergonha é o que eu sinto quando vejo aqueles, que se consideram políticos, a fazerem tamanhas e estúpidas barbaridades com o que nos custou tanto a alcançar, a DEMOCRACIA. Enquanto o nosso calcanhar de Aquiles continuar a ser o pensamento de que podemos sempre tirar partido dos outros e a mesquinhez de querer um “pelouro” cada vez mais alto e mais lucrativo, podemos continuar a dizer, mas sempre com muito orgulho, que realmente, “é por isto que o País está como está”.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Novas Tecnologias na Arbitragem


Todos os fins-de-semana (e mesmo durante a semana) somos invadidos pelo "Planeta do Futebol". Citando Sua Excelência o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, "O futebol movimenta, hoje em dia, milhares de pessoas e há muito que o seu impacto ultrapassou as linhas do relvado, tornando-se num desporto cada vez mais importante como divertimento de muitos e também como gerador de negócio.” Como tal, é normal e compreensível que se gerem dúvidas na forma como se obtém os resultados desportivos. Desta forma, hoje em dia gera-se uma questão que divide a sociedade: a utilização, ou não, de novas tecnologias no auxílio à equipa de arbitragem.

Para tomarmos posição acerca de um tema precisamos de conhecer as partes que o constituem. Para isso, o “Mescla” deixa aqui os principais aspectos deste tema que gera grande controvérsia.

Por um lado, a utilização das novas tecnologias (ex.: recurso a imagens televisivas, sistema de “chip” na bola, etc.) poderá devolver a beleza ao espectáculo, que, por muitas vezes, fica estragado devido a uma decisão mais polémica por parte do árbitro. Temos que recordar que, em casa, temos acesso a inúmeras repetições das jogadas, dos mais diversos ângulos, enquanto que o árbitro tem apenas uma fracção de segundo para tomar a sua decisão. Assim, com a ajuda das novas tecnologias, o árbitro teria uma ajuda suplementar, o que retiraria alguma pressão dos seus ombros.


Por outro lado, a utilização de novas tecnologias só seria possível em certos países, pelo que o jogo se tornaria diferente em distintas partes do mundo. Esses métodos teriam grandes custos, e mesmo jogos de alto nível não são transmitidos na televisão, pelo que nem mesmo os árbitros teriam as mesmas condições.

Para os organismos responsáveis pelo futebol internacional (FIFA, UEFA, etc.), ainda é cedo para a utilização destas tecnologias, e afirmam que devemos aproveitar o jogo como ele é.

Esta discussão já foi discutida várias vezes em conselhos internacionais de futebol, mas ainda não houve consenso no que toca a esta matéria, e a decisão sobre a utilização, ou não, de novas tecnologias no auxílio à arbitragem, tem sido “congelada”.




sexta-feira, 23 de abril de 2010



Hoje, dia 23 de Abril, comemora-se o Dia Internacional do Livro. Mas...onde nasceu esta tradição?

Tudo começou na Catalunha uma região espanhola e a sua primeira comemoração deu-se a 7 de Outubro de 1926. A data deveu-se à comemoração do nascimento do escritor Miguel Cervantes, o famoso autor da obra "D.Quixote de La Mancha". No ano de 1930, a data comemorativa foi mudada para o dia 23 de Abril, dia do falecimento de Cervantes. Apenas mais tarde, no ano de 1996, a famosa organização UNESCO decretou o dia 23 de Abril como o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, em virtude de, nesta data, se assinalar o falecimento de outros grande escritores que marcaram a história da literatura, como Josep Pla, escritor catalão, e o famoso autor de Hamlet e Romeu e Julieta, William Shakespeare, dramaturgo inglês.

Não fique de fora, comece hoje a ler um livro!


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Um tipo de Arte...Peculiar!

Arte. O que é afinal a Arte? Uns associam rapidamente a um pincel e aguarelas. Outros têm tendência a pensar em melodias alucinantes, viciantes. Existem também aqueles que criam rapidamente uma ligação à grande tela. Mas isso é apenas o vulgar.
Embora pouco conhecidos e valorizados, há aqueles que põe os olhos na arte com meios não tradicionais. Para quê um pincel se temos a luz? Para quê uma tela se temos as sombras? Para quê colorir uma folha de papel, se podemos dar-lhe forma?

É, provavelmente, deste modo que pensam alguns artistas como é o exemplo de Mark Khaisman que, através da simples fita-cola criou a sua própria arte. Vejamos alguns exemplos:



De um modo não muito diferente pensaram Robert The, Victor Drago, Thomas Allen e Brian Dettmere quando olharam famintos por arte, para as suas estantes dedicadas à literatura. Achando que não havia problema em dar um uso diferente a todos aqueles livros lidos e relidos, nasce um novo conceito de arte. Aqui temos alguns exemplos do que passou na cabeça destes senhores:




Não muito atrás, ficaram aqueles que não usaram o lápis para criar a arte no papel, mas que o usaram para fazer a arte propriamente dita. Inimaginável na mente de alguns, mas perfeitamente possível na mente daqueles que fizeram trabalhos como os que serão mostrados abaixo.


Sim. Acabou de ser provado que é possível fazer arte com um lápis sem ter um papel. Mas Bert Simons, Bovey Lee, Ingrid Siliakus e Anastassia Elias decidiram provar que também era possível fazer arte com papel sem ter um lápis ou algo que se assemelhasse. As seguintes imagens provam que a imaginação do ser humano não tem fronteiras, preparem-se para ficar surpreendidos com o que vão ver abaixo:



Impressionante, não é? Por fim, mostraremos um tipo de arte que está a ficar, cada vez mais, na moda. Talvez por estar à mão de cada um de um modo extremamente fácil, basta saber usar uma máquina fotográfica. Alguns vão para além disso dando um efeito alucinante à luz, capaz de captar a atenção de qualquer pessoa...


...enquanto outros preferem usar a sombra!





quarta-feira, 14 de abril de 2010

Cartão Vermelho


Todos os dias, sem sequer nos apercebermos, centenas de pessoas são vítimas de violência. No entanto, não se tratam de maus tratos infligidos por um completo estranho, mas sim por indivíduos que fazem parte da vida das vítimas, e que, na maioria dos casos, prometeram amá-las e respeitá-las para o resto das suas vidas. Felizmente, as queixas por este tipo de violência estão a aumentar e passo a explicar o "feliz" do "mente": dizem os entendidos que o número de casos permanece igual, a coragem para os denunciar é que tem vindo a aumentar. A maioria das denúncias parte das vítimas, havendo também denúncias efectuadas por terceiros e é neste campo que as campanhas de sensibilização pretendem actuar.
A campanha "Mostra o Cartão Vermelho à Violência Doméstica" tem como principal objectivo a sensibilização da população, alertando-a para o papel fulcral que pode, e deve, assumir na libertação das vítimas. Pretende-se que os cidadãos se comprometam com a sociedade, dando tolerância zero aos agressores, mostrando-lhes que a sociedade está "de olho neles" e que defenderá com garras e dentes as vítimas. O cartão vermelho, geralmente associado ao desporto, representa a reprovação de tais comportamentos agressivos, ilustrando a repulsa para com a violência doméstica. Esta campanha lançada pela Presidência da União Europeia vai estender-se a todo o país, disponibilizando os cartões em Juntas de Freguesia e Autarquias.
Actualmente Portugal conta com 36 casas de Abrigo, pelo menos um núcleo de atendimento em cada distrito e três grupos de apoio a mulheres, que funcionam como pilares na reconstrução das vidas das vítimas que recorrem a este centro. Cabe-nos a todos denunciar este tipo de comportamentos e encaminhar as vítimas para os centros apropriados. Desta forma, não só vamos estar em paz com a nossa consciência cívica, como também vamos ser responsáveis por mudar a vida de alguém para melhor, tornando-a livre de medo e repressão.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Música Portuguesa ou Música de Portugal?

Linda Martini

Há que estabelecer a diferença entre música feita em Portugal e música portuguesa. Uma coisa é ter músicos portugueses que, ouvindo as coisas estrangeiras e de que gostam muito, sentem o impulso de as tocar, e até cantam na língua deles, passando a ser intérpretes portugueses, de música não portuguesa; outra coisa são artistas portugueses, que depois de reverem alguma da musica que se produziu em Portugal sentem o impulso de reavivar essas memórias, e transportá-las para um disco, tornando-se assim praticantes de música portuguesa.

Existem programas nos meios de radiodifusão, que se dizem promover a nova música portuguesa, mas que ao fim ao cabo são meia dúzia de indivíduos a tocar musicas de outros indivíduos estrangeiros. E, com isto, não tenciono difamá-lo, dizendo que esse é um trabalho menor, porque não (desde que tenha pés e cabeça), só não podem levar o estandarte da musica portuguesa.

Mão Morta

Para que se possa catalogar de música portuguesa, tem que haver pelo menos um cheirinho de portugalidade natural, seja a nível da língua interpretada ou pelos instrumentos usados. Porque se se continuar a considerar musica portuguesa aquela produzida por bandas ou artistas como David Fonseca ou Rita Redshoes estamos em mau caminho: a identidade musical portuguesa mais dia, menos dia desaparece. E nem a introdução das quotas de musica portuguesa nos meios de radiodifusão irá salvar, pois 40% desta não é musica genuinamente portuguesa. Para isso propunha uma alteração à Lei nº 7/2006, e em vez dos 25% a 40% de "música portuguesa", alterava para um mínimo de 30% de musica que contenha a língua portuguesa interpretada por cidadãos dos Estados membros da União Europeia e/ou instrumentos tradicionais portugueses, obrigatoriamente.

É necessário salvaguardar a tradição portuguesa, e impedir que a quantidade crescente de entulho que se tem verificado pelas rádios portuguesas pare de crescer. É necessário que as bandas criem as suas próprias linguagens e identidades, Pop Dell'Arte e Mão Morta, a célebre banda bracarense, são disso belos exemplos, bandas que realmente marcaram a diferença, e que ainda hoje são vangloriadas. Há tentativas para tal, nas mãos de Norberto Lobo, Linda Martini ou Deolinda, e esses sim, estão num bom caminho para o concretizar.

David Fonseca e Músicos da editora FlorCaveira

Outro aparecimento digno de registo foi o da editora FlorCaveira de Tiago Guilul, que ao contrário das muitas opiniões em desacordo, são actualmente bons dignificadores da musica portuguesa. O que seria das rádios, actualmente, sem B Fachada, João Coração, Samuel Úria e Diabo na Cruz? Consegue-se até arranjar algum paralelismo do esforço feito por esta, com o de João Peste dos Pop Dell'Arte, aquando da criação sua editora Ama Romanta nos anos oitenta.

Há que mudar mentalidades, e há que olhar com mais amor para este país à beira-mar plantado, porque se não gostarmos de Portugal, não teremos mais ninguém que o faça por nós.

sábado, 20 de março de 2010

Esmiuçar Copenhaga - "A verdade da Cimeira de Copenhaga"

Depois de alguns imprevistos nas gravações, aqui têm o vídeo com que o nosso grupo vai concorrer no concurso "Esmiuçar Copenhaga":




Esperemos que gostem!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Visita ao Teatro

No dia 3 de Março todos os alunos do 12ºano foram ao Porto ver a representação cénica da peça "Felizmente há Luar!" de Luís de Sttau Monteiro. O Mescla resolveu entrevistar o actor João Brás, que representa a personagem Vicente e falar um pouco com ele não só sobre a encenação, mas também sobre o seu percurso teatral. Sem mais demoras, aqui fica a entrevista!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Namorar Portugal 2010

No passado dia 13 de Fevereiro, decorreu em Vila Verde mais uma edição do evento “Namorar Portugal”, que contou com um mega jantar romântico, VII Concurso Internacional de Criadores de Moda e com o Desfile de Moda ‘Namorar Portugal 2010’, onde estiveram presentes mais de 800 pessoas.

Para além do jantar, realizaram-se durante o mês de Fevereiro, agora apelidado “o mês do Romance", actividades relacionadas com a iniciativa, como o lançamento do “Pink Cake”. O bolo com frutos vermelhos, criado pelo pasteleiro Hélder Costa, esteve disponível nas pastelarias de Vila Verde, durante o Dia dos Namorados.

No jantar, o Presidente da Câmara de Vila de Verde, António Vilela, deu as boas-vindas a muitas caras conhecidas como Núria Madruga, Andreia Dinis, Flor e outros, que desfilaram as criações dos estilistas Anabela Baldaque, Elsa Barreto, Nuno Gama, Nuno Baltazar, Maria Gambina e Fernando Nunes. No entanto, a artista da noite foi Cátia Rascão, vencedora do concurso, sendo premiada com 800 euros, quantia que vai utilizar para voltar a estudar, numa área relacionada com Design de Moda.

Já com sete anos, este evento envolve diversos agentes económicos do concelho, contribuindo para dinamizar Vila Verde e levar o seu nome além-fronteiras, aliando a cultura e a tradição à modernidade e ao glamour da moda.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Dilúvio na Madeira

Desde sábado que somos bombardeados com imagens chocantes que, despropositadamente nos arrancam um agónico suspiro, da outrora “Pérola do Atlântico”. A Madeira, local paradisíaco preferido por muitos turistas, sofreu no passado dia 20 de Fevereiro as piores cheias dos últimos 100 anos.



Segundo um alerta emitido na noite anterior aos madeirenses, havia um grande risco de ocorrência de fenómenos atmosféricos adversos. Previam-se fortes chuvas, trovoada e ventos de 120 km/h nas zonas de montanha. A Protecção Civil avisou os habitantes do arquipélago para os devastadores riscos dos percursos, tanto a pé como de automóvel, nas zonas montanhosas ou nas vertentes expostas.

Actualmente, a cidade do Funchal depara-se com uma situação de caos generalizado: pontes destruídas, habitações e outros edifícios inundados, estradas inviáveis à circulação devido à lama, árvores e pedregulhos e dificuldades com as comunicações que impossibilitam o contacto com as autoridades são apenas alguns dos efeitos destas cheias que já causaram a morte a mais de 40 pessoas e «o número de mortos poderá aumentar», admite Francisco Ramos, o secretário regional dos Assuntos Sociais.

Este estado calamitoso deixou milhares de pessoas com a única esperança voltada para o continente e com a fé de que melhores dias virão.